Em janeiro deste ano na seleção nacional de projetos de promoção às Indicações Geográficas realizada pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC), o projeto "MANTA DE CARNEIRO DOS INHAMUNS", apresentado pelo campus de Tauá do Instituto Federal do Ceará (IFCE), foi aprovado.
E nesta semana técnicas do IFCE, representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Associação dos Criadores de Ovinos e Caprinos dos Inhamuns (Ascoci) e da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Sustentabilidade (Sederhi), iniciaram o planejamento do plano de ação para a dar sequência a Certificação da Indicação Geográfica da Manta de Carneiro dos Inhamuns.
A manta de carneiro na região dos Inhamuns, no Sertão do Ceará, é feita de forma artesanal e possui um sabor singular devido ao tipo de alimentação que os animais encontram nas pastagens e a processos específicos de desossa, salga e secagem da carne. Garantindo a origem do produto trazendo a confirmação de que ele segue padrões e normas de produção. Dessa forma agregando valor ao produto e facilitando a sua comercialização.
As etapas incluem levantamento de dados, mobilização e qualificação dos produtores associados, elaboração de um dossiê de notoriedade e submissão de artigos científicos. As atividades terão a colaboração de estudantes do curso técnico em Agropecuária do campus de Tauá e de profissionais dos campi de Boa Viagem e Crateús do IFCE.
O que é Certificação da Indicação Geográfica?
Registro conferido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de os distinguir em relação aos seus similares disponíveis no mercado. São produtos que apresentam uma qualidade única em função de recursos naturais como solo, vegetação, clima e saber fazer.
O objetivo principal é desenvolver e estruturar a identificação do corte do carneiro dos Inhamuns como um produto tradicional da área formada pelos municípios de Aiuaba, Arneiroz, Parambu, Quiterianópolis e Tauá. Só em Tauá, de acordo com dados da Secretaria de Agricultura do município, mais de 5 mil produtores podem ser impactados pela certificação.